A palavra progresso na boca da minha mãe soava terrivelmente falsa
“A palavra progresso na boca da minha mãe soava terrivelmente falsa” estreou no Festival de Curitiba, na Mostra Fringe 2018, sendo o segundo espetáculo fruto do Projeto Matéi Visniec. O espetáculo contou, para sua realização, com o patrocínio do FESTU Rio 2017, depois de receber o calote do Edital de Fomento de Cultura de 2016 - oriundo da Prefeitura do Rio de Janeiro - que deixou mais de 200 projetos, alguns já em andamento, sem a verba para suas concretizações. Com isso, mais de 3.000 postos de trabalhos, diretos e indiretos, foram negligenciados.
Sua temporada de estreia se deu no Rio de Janeiro, no Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto (Humaitá). No segundo semestre, cumpriu temporada no Teatro Municipal Ziembinski (Tijuca) e no Teatro Municipal Gonzaguinha (Centro). Em 2019, integrou a programação de espetáculos teatrais do Festival de Inverno de Garanhuns, o maior festival de cultura do país e realizou circulação pelo Edital do SESC Encena PR por três cidades do estado - Curitiba, Londrina e Paranavaí. Além disso esteve no ENCONTRARTE - Encontro de Artes Cênicas da Baixada Fluminense - 2019, no SESC Nova Iguaçu, e integrou a Programação Anual do Circo Crescer & Viver em 2022.
"A palavra progresso (...)" É uma dramaturgia que busca tratar das questões existentes no contexto da guerra, dos campos de exceção e dos direitos humanos. É a tentativa de compreender as aproximações com a realidade brasileira: uma realidade movediça, instável, e que reconfigura suas fronteiras e perspectivas constantemente. É um espetáculo que traz o (des)progresso brasileiro depois do golpe político de 2016. É uma forma poética que busca ser molotov.
As atrizes e os atores se multiplicam em diferentes personagens. O treinamento em acrobacia e dança contemporânea, realizado pelas atrizes e atores, produz um nova corporeidade para lidar com as relações expostas no texto de Visniec. Há uma latente construção da performatividade da cena.
Elenco - Bárbara Abi-Rihan, Camila Zampier, Erick Tuller, Fabio Lacerda, Luan Vieira e Viviane Pereira (subistituto: Diogo Nunes)
Texto
Matéi Visniec
Direção e Iluminação
Ricardo Rocha
Preparação Corporal e Direção de Movimento
Palu Felipe
Direção Musical e Preparação para Canto
Vinicius Mousinho
Cenografia
Ricardo Rocha
Painel Cenográfico
Nívea Faso
Figurinos e Visagismo
Nívea Faso
Cenotécnico
Moisés Freire
Confecção das Armas
José Antônio (in memoriam)
Serralheria
Odeilson Moldes
Assistência de Serralheria
Francemi Melo e Thiago Araújo
Programação Visual
Daniel Debortoli (Códigos)
Fotografias
Daniel Debortoli, Diogo Nunes, Maga Martinez, Edison Taciano e Zeca Vieira
Produção Executiva
Clarissa Menezes
Direção de Produção e Realização
Multifoco Companhia de Teatro
Parceria Cultural
Escola Técnica Estadual de Teatro Martins Penna