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O Cavaleiro

Amarelo

“O Cavaleiro Amarelo” estreou no Teatro Firjan/SESI de Jacarepaguá no dia 19 de janeiro de 2019, e realizou temporada no Teatro Laura Alvim, dias depois do governo,  recém eleito, revogar a maioria das políticas públicas de combate ao HIV/Aids no Brasil. “O Cavaleiro Amarelo”, sob direção de Ricardo Rocha e texto inédito de Felipe Pedrini, foi um dos vencedores do Edital Novos Talentos 2018 promovido pelo Firjan / SESI Cultural e traz à tona investigações acerca da pandemia do vírus HIV a partir de meados da década de 1980. Buscando combater a desinformação sobre o vírus e desvincular estigmas que o relaciona à população homoafetiva, o texto também se insere na luta pela garantia de direitos LGBTQIA+.

“Diante das constantes agressões sociais, do retrocesso das políticas públicas e do cinismo por trás dos argumentos, tocar em temas como o HIV e Aids é como remexer algumas páginas da nossa história e de nossa memória, na intenção premente de evitar o esquecimento das lutas e das conquistas em determinados eixos sociais da população. Nossa principal motivação é quebrar os estigmas que faz crer que toda pessoa infectada pelo HIV está doente e à beira da morte, imagens que foram construídas durantes anos de desinformação e campanhas truculentas que só faziam aumentar o preconceito com soropositivos. O HIV é um vírus resistente às defesas naturais do corpo humano e, como qualquer vírus, possui um tratamento”. (Ricardo Rocha, diretor do espetáculo)

 

A montagem do espetáculo contou com a consultoria de uma pessoa soropositiva no processo de montagem e fez parceria com o Grupo Pela Vidda, que em 2019 completou 30 anos de atividades ininterruptas de assistência humana à pessoas soropositivas, encampando, ao longo desses anos, uma luta diária em favor dos direitos e garantias de políticas públicas.

Através de uma estrutura fragmentada, com uma forte presença da música e da dança contemporânea, a peça é composta por cenas alegóricas que explicitam a relação que a sociedade e os dispositivos institucionais têm com os soropositivos até hoje. “Nascemos de camisinha em punho e aprendemos a colocá-la não apenas no pênis, mas também na vida, em todo o nosso ser. Aprendemos a nos afastar das pessoas. Aprendemos a ter somente contatos seguros e assépticos, a nos proteger em bunkers, atrás de computadores, redes sociais e aplicativos de celular. Aprendemos a nos esconder. Aprendemos a nos prevenir contra o medo, a solidão, a dor, a tristeza. Aprendemos a nos anestesiar quando nada disso funciona”, ressalta Felipe Pedrini que assina a dramaturgia da obra.

 

A metáfora neste espetáculo está subjetivamente associada à ignorância, que é capaz de matar muito mais do que qualquer vírus. Hoje, o Brasil é referência no tratamento de HIV através das políticas públicas gratuitas, e consegue exportar nossos métodos de tratamento e gerenciamento para o mundo. Ao lado da França e da África do Sul, compomos o tripé que possui tratamento gratuito para HIV e Aids. Os estigmas são muitos e precisamos combatê-los, impedindo que esse cavaleiro amarelo da ignorância continue levando mais vidas.

Elenco - Camila Zampier, Diogo Nunes, Erick Tuller, Vinicius Mousinho, Viviane Pereira e Zéza

Texto

Felipe Pedrini

 

Direção e Iluminação

Ricardo Rocha

Assistência de Direção

Bárbara Abi-Rihan

 

Cenografia

Alice Cruz e Ricardo Rocha

Figurinos

Alice Cruz

Direção de Movimento e Coreografias

Palu Felipe

Direção Musical

Vinicius Mousinho
 

Preparação para Canto

Zéza

Composições e Música Original

Vinicius Mousinho e Zéza

Mixagem Original

DJ ZVZA
 

Caracterização

Camila Zampier

 

Cenotécnico

Moisés Freire

Programação Visual e Audiovisual

Daniel Debortoli e Viviane Dias (Códigos)

Fotografias

Daniel Debortoli e Lia Ximenes

Direção de Produção

Bárbara Abi-Rihan, Ricardo Rocha e Viviane Pereira

Patrocínio

FIRJAN - SESI/RJ

Parceria Cultural

Escola Técnica Estadual de Teatro Martins Penna
 

Parceria Institucional

Grupo Pela Vidda

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