"Cidade Solidão" surgiu da vontade de falar do caminho que vêm seguindo as grandes metrópoles. É o segundo trabalho da companhia e surge como uma resposta às muitas provocações que nos fizemos.

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A poesia da cena cria imagens que dialogam com a dramaturgia entrecortada por desvios narrativos. Através da fricção das partes do jogo na cena, buscamos transportar o público para um lugar onde a poesia seja a centelha reflexiva de sua realidade objetiva. Cidade Solidão é uma poesia que escrevemos para lidar com nossa relação com a cidade.

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O caminho encontrado através dessa poética nos proporcionou dar saltos narrativos na própria linha contínua do tempo na cena, fragmentando as informações para que o espectador forme seu próprio quebra-cabeça e, a partir disso, saia com uma imagem que criou de sua relação com a obra. Um texto construído a partir de autores consagrados como Caio Fernando Abreu, Bertolt Brecht e Marina Colasanti, além de textos próprios e documentais.

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A construção cênica é a gênese de todo percurso de investigação corporal da companhia, debruçada na elaboração e experimentação de partituras cênicas, estruturas de jogos dinâmicos para compor quadros.