Segundo o dicionário de botânica: saudades-branca é uma planta de caules simples que geralmente não ultrapassam um metro de altura, suas flores possuem pétalas brancas reunidas em capítulos, globosos antes da floração e hemisféricos depois; suspiros-brancos-do-monte é seu outro nome.

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“Saudades-branca” é um trabalho de dramaturgia no sentido mais amplo. A proposta é um mergulho numa investigação intertextual que surgisse de contos próprios, que por sua vez surgissem de imagens referenciais ao nosso trabalho: alguns filmes e o próprio processo de pesquisa em sala de ensaio. Por esse caminho chegamos aos temas que perfuram nossos textos: espera, escolhas, ausências, saudades, solidão, caminhos, lembranças. Encontramos um terreno fértil para explorar na cena esses encontros, onde três personagens numa estação de trem costuram suas vidas a partir de suas escolhas.

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A construção de uma dramaturgia textual é realizada por suas emanações sensíveis e não somente pelo sentido objetivo das palavras. Surge, portanto, polifônica, fazendo explodir a fábula linear e a ilusão de teatro, confrontando duas escrituras: a cênica e a textual. Ampliando o horizonte de leituras possíveis do espectador e sua relação afetiva com aquilo que se pinta em cena. Saudades-Branca é um quadro vivo.

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“Saudades-branca” surge para nos contar da violência das escolhas, da espera interminável pelo destino, das saudades que surgem como balões nos elevando e libertando das obrigações, é uma dança cheia de saudade é um trabalho-até-logo de Anna Luiza Mendes, que foi viver em outros campos com sua nova família e nos presenteou com duas flores, Isabela e Lucas. Saudades-branca é parte de nossa alma dizendo para onde quer voltar.